Você ama ler? Sua paixão é escrever? Então conte-nos o porquê.
Ler, Ouvir e Contar Histórias:
Na infância, gostava de ouvir histórias. Toda história que me era lida ou contada oralmente, eu procurava memorizar para contar aos parentes, amigos e coleguinhas de escola. Minha mãe lia histórias para mim antes de dormir e quando tinha tempo, folheava e lia livrinhos infantis comigo mostrando as ilustrações.
Aprendi a ler e a escrever com ajuda da minha professora da 1ª série (muito paciente e atenciosa) e com o incentivo dos meus pais que até hoje são adeptos da leitura como forma de lazer e conscientização.
Já sabia ler, faltava o próximo passo: desenvolver a escrita. No intervalo da escola, vivia na Biblioteca. Acredito que gosto de escrever devido à fascinação infantil que tenho por ouvir, ler e contar histórias, pois me lembro que assim que aprendi a escrever o que queria expressar aos outros, comecei a escrever histórias baseadas no que havia memorizado e a inventar outras passando tudo pro papel.
Também gostava de ler para as pessoas, me lembro que lia os contos, as poesias e as crônicas dos autores que eu gostava para o pessoal de casa, livros infantis para minha irmãzinha para as crianças que encontrava....Lembro-me que foi um tempo divertido e de muito aprendizado. Que Saudades!
Estou de acordo com Marilena Chauí (Professora de filosofia da USP), quando diz que como leitores, descobrimos nossos próprios pensamentos e nossa própria fala graças ao diálogo que fazemos com o escritor ao lermos seu texto. E também concordo com Antonio Cândido (Crítico Literário e Ex-professor de Teoria Literária da USP), quando afirma que melhoramos a humanidade que há em nós através da literatura, pois com ela, nos tornamos mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade e o semelhante.
Um Grande Abraço!
Prof. Bekka.
O Encanto da Leitura e o Despertar para a Literatura:
Ao ler um relato de Newton Mesquita sobre suas experiências com leitura e escrita, me identifiquei com ele quando diz que “a leitura leva-nos a vários lugares – você fica imaginando os lugares, as situações e os personagens”, realmente a leitura tem este poder, fazer com que fujamos da literalidade da história e criamos um mundo imaginário.
J. C Violla diz que “a literatura acalma e alimenta espiritualmente.” Às vezes, estamos tão apreensivos ou exaustivos com os devaneios da vida que a leitura literária sacia o nosso espírito. Por fim, segundo Antônio Cândido, “A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade e o semelhante” - a literatura amplia nossos horizontes.
Desde muito pequena interessava-me por leituras, inclusive passei boa parte de minha infância lendo livros. Tive várias experiências, mas a que eu gostaria de compartilhar com vocês ocorreu quando eu estava no 2º ano do Ensino Médio. O professor de Língua Portuguesa pediu para nós lermos "O primo Basílio" (Eça de Queirós). Eu, muito imatura, não compreendia muito este tipo de leitura literária e no dia da discussão, trouxe várias dúvidas para o professor.
Achei muito interessante a forma que o mesmo conduziu a discussão, o jeito que explicou a história e suas entrelinhas, bem como, as estratégias que usou para prender nossa atenção. Confesso que neste dia decidi fazer Letras e me apaixonei literalmente por literatura.
Desde então, passei a debruçar-me cada vez mais no mundo literário e tornei-me uma leitora assídua. Descobri que não basta apenas ler, mas compreender a leitura, viajar nela, imaginar e criar novas situações de aprendizagem.
Abraços,
Prof. Rosilane.
Prof. Rosilane.
Fascínio por Livros:
Tive grandes experiências com leitura ao longo de minha trajetória.
A primeira obra lida foi "A ilha perdida", também foi o primeiro livro que ganhei. Fiquei fascinada por esta aventura e rapidamente fui conversar com a professora sobre minhas expectativas com relação a continuidade da história e o que senti quando lia o livro. Tive muita sorte, a professora também se envolveu com meu entusiasmo e me indicou uma série de outras leituras parecidas que com certeza gostaria também.
Naquela época tudo era muito mais difícil, não tínhamos acesso fácil aos livros, a cidade não possuía biblioteca, contávamos apenas com a da escola. Mesmo assim pude ler muita coisa neste período. Me lembro que quando a professora indicou a leitura do livro "A montanha encantada" eu já tinha lido e ela usou como exemplo para a classe o meu envolvimento com a leitura.
No ensino médio, já morando aqui em São Paulo, ficou melhor o acesso, mas infelizmente tive poucas atividades com leitura de livros nestes três anos, tínhamos na época aula de "técnica de redação" e a professora trabalhava com capítulos de livros para que observássemos a construção. Em uma dessas atividades ela trouxe um capítulo do livro "Dom Casmurro", fiquei intrigada e me despertou a vontade de ler o livro inteiro. Neste período foi a leitura que marcou para mim, tanto que já repeti esta leitura algumas vezes.
Chegado o momento da escolha pelo curso da faculdade, não tive dúvidas: Letras. Atribuo esta escolha em grande parte pela admiração que sentia pela primeira professora de língua portuguesa (5ª série). Aqui sim eu me encontrei. Quantas leituras, quantas pesquisas, muitos autores, periodização e tudo o que envolve o universo da leitura. Tive a oportunidade de aulas maravilhosas, de seminários e muita, muita leitura de bons livros, um me marcou bastante: "A revolução dos bichos", o mestre fez uma abordagem contextualizada da história que nos tirou o fôlego e a partir desta abordagem trabalhamos por várias aulas, foi fascinante.
Abraços,
Prof. Sandra.
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