Para você que é:
- Curioso e gosta de contos!
- Estudante que procura novas ideias!
- Professor de Língua Portuguesa em busca de mais inspirações!
Boa Leitura! (O Conto está nos Anexos desta mesma postagem).
SITUAÇÃO DE
APRENDIZAGEM VISANDO A LEITURA:
Trabalho com o texto “Pausa” de Moacyr Scliar.
Sugestão de turma: 7º ano.
Duração: aproximadamente 4 aulas.
Materiais: cópias do texto em folha sulfite, projetor Data Show, imagens selecionadas, lousa e giz.
Atividade antes da Leitura:
1. Trabalhar as antecipações: Por que o texto é nomeado como “Pausa”? O que é uma pausa?
2. Depois, levar os alunos para a sala de vídeo e mostrar para turma imagens de alguns sentidos ou significados que a palavra “pausa” pode apresentar no cotidiano.
Exemplos: o tempo do relógio, uma partitura musical, o intervalo escolar, a pausa no emprego para o almoço, o repouso do sono, etc.
Comentar com eles acerca dos vários significados e sentidos existentes na palavra-título.
• O texto aborda a temática do final de semana, fato que pode ser contextualizado a partir da investigação sobre o que o aluno faz em seu final de semana, a fim de que o educando possa entender, por meio de dedução o que é uma pausa.
PRINCIPAIS HABILIDADES TRABALHADAS:
• Levantar os conhecimentos prévios sobre o assunto.
• Antecipação do tema, através do título do texto.
• Antecipação do tema a partir de imagens.
• Expectativas dos alunos com relação o texto.
Atividade de Leitura:
1. O próximo passo é a leitura silenciosa.
2. Em seguida, confecção de uma ficha de leitura com destaque de autor, tempo, espaço, foco narrativo, personagens e um pequeno resumo do texto.
3. E depois, Socialização (leitura oral) e também um trabalho voltado para o vocabulário (Os alunos poderão pesquisar as palavras desconhecidas no dicionário).
PRINCIPAIS HABILIDADES TRABALHADAS:
• Localização ou construção do tema ou ideia principal.
• Esclarecimento das palavras desconhecidas a partir da consulta do dicionário.
Trabalho com Gênero e Tipologia:
1. O aluno deverá reconhecer que se trata de uma narrativa, para tanto o professor pode contribuir dando-lhes pistas, ou ainda perguntando: Esse texto está discutindo um ponto de vista? Ou contando uma história?
2. O professor deve fazer com que o aluno perceba que houve uma mentira por parte de Samuel e levá-lo a identificar o motivo: Teria ele medo da mulher? Ou não a suportava mais?
3. Depois, apresentar algumas hipóteses e perguntar ao aluno: Por quê o protagonista da história precisa de uma pausa?
PRINCIPAIS HABILIDADES TRABALHADAS:
• Interpretação do texto (Valores éticos e políticos/ “Apreciações”).
• Construção da síntese semântica do texto.
DEPOIS DA LEITURA:
1. Contextualização: trazer os alunos à sala de vídeo novamente e apresentar imagens em e/ou pequenas animações que representem os locais e as paisagens do texto, como o cais do porto, os hotéis simples, etc.
2. Escrita: elaborar uma produção verbal e outra não verbal que represente o que cada aluno faz no seu final de semana.
3. Oralidade: propor que cada aluno apresente sua produção para a classe.
4. Publicação das produções: o professor cria um blog para a turma, auxilia os alunos nas postagens de suas atividades e os incentiva a interagirem com comentários construtivos e trocas de ideias sobre as produções dos colegas e o assunto do texto trabalhado.
PRINCIPAIS HABILIDADES TRABALHADAS:
• Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outros sistemas de representação).
• Troca de impressões a respeito do texto lido, fornecendo indicações para sustentação de sua leitura e acolhendo outras posições.
Anexos
para a Aula:
Texto:
Pausa (Moacyr Scliar)
“Às sete horas o
despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e
lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando
sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
— Vais sair de novo,
Samuel?
Fez que sim com a
cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas,
a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O
conjunto era uma máscara escura.
— Todos os domingos tu
sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.
— Temos muito trabalho
no escritório — disse o marido, secamente.
Ela olhou os
sanduíches:
— Por que não vens
almoçar?
— Já te disse; muito
trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila
esquerda. Antes que voltasse à carga. Samuel pegou o chapéu:
— Volto de noite.
As ruas ainda estavam
úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente; ao
longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas. Estacionou o carro
numa travessa quieta. Como pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou
apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo.
Olhou para os lados e
entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um
homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando
os olhos, pôs-se de pé:
- Ah! seu Isidoro!
Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
- Estou com pressa, seu
Raul - atalhou Samuel.
- Está bem, não vou
atrapalhar. O de sempre. - Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro
lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres
gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
- Aqui, meu bem! - uma
gritou, e riu; um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou
no quarto e fechou a porta à chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal,
um guarda-roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé.
Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de
viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e
examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os
sapatos, afrouxou a gravata.
Sentado na cama, comeu
vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se e
fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá
embaixo, a cidade começava a mover-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros
gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol
filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia; sonhava.
Nu, corria por uma planície imensa. Perseguido por um índio montado a cavalo.
No quarto abafado ressoava o galope. No planal toda testa, nas colinas do
ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas
e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os
olhos esbugalhados; índio acabara de trespassá-lo com a lança Esvaindo-se em
sangue, molhado de suor. Samuel tombou lentamente: ouviu o apito soturno de um
vapor. Depois, silêncio.
Às sete horas o
despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, lavou-se.
Vestiu-se rapidamente e saiu. Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
- Já vai, seu Isidoro?
- Já - disse Samuel,
entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
- Até domingo que vem
seu Isidoro - disse o gerente.
- Não sei se virei -
respondeu Samuel, olhando pela porta; anoite caía.
- O senhor diz isto,
mas volta sempre - observou o homem, rindo.
Samuel saiu.
Ao longo do cais,
guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando os guindastes recortados
contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.”
Imagens que representam alguns sentidos da palavra
“Pausa:”
O
Relógio e o Tempo Cronológico:
A
Partitura Musical:
O
Intervalo Escolar:
A
Pausa do Emprego para o Almoço:
O
Repouso do Sono:
Imagens que ilustram alguns locais e paisagens da
história:
O
Cais visto durante o dia:
O
Cais visto durante o final da tarde ou durante a noite:
Exemplo
de fachada de hotel simples:
Corredor
de hotel simples:
Quarto
de hotel simples:
adorei o plano de aulas de vocês, gosto muito de trabalhar com imagens,ajuda muito na sistematização da aula e prende bastante a atenção do aluno, dispertando um novo olhar e curiosidades para um novo conhecimento.
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